Você conhece o CHO? (Departamento da Felicidade).
Atualmente, vivemos em uma sociedade que possui crescentes índices de transtornos mentais. Em um estudo realizado, segundo a Organização Mundial da Saúde e da Organização Internacional do Trabalho (2020), cerca de 15% dos trabalhadores adultos vivem com algum transtorno mental, gerando dificuldades não apenas em relações familiares, mas também dentro das organizações. Ao analisarmos os transtornos associados ao trabalho temos a depressão, transtorno de pânico, ansiedade e síndrome de Burnout sendo os principais em casos de afastamentos no trabalho por motivo de saúde mental.
Esse crescente número pode ser explicado diante a presença de ambientes com pouco suporte social, às demasiadas demandas e metas abusivas, recompensas inadequadas e falta de acompanhamento ao colaborador. “Além disso, o excesso de auto cobrança e uma tentativa desenfreada de querer responder a demanda de um ‘outro Institucional’ como forma de validar seu trabalho, ultrapassando assim seu próprio limite e negligenciando sua vida social e lazer, contribuem para estas estatísticas”, afirma o psicólogo e diretor técnico da Holiste Psiquiatra, Ueliton Pereira.
Diante desse cenário, com o passar dos anos, vem tornando cada vez mais popular o número de Chief Happiness Officer (CHO) nas empresas, trazendo como resultados, mudanças dentro e também fora das organizações. Ao fazermos a tradução para português temos Diretor de Felicidade, ele é responsável pela criação de um plano que tem como propósito garantir a felicidade na organização, para gerar uma maior harmonia, bem-estar e também maiores resultados em termos de produtividade. Segundo Martins, CEO da Trilha Carreira Interativa (2022), embora possa parecer que o cargo de CHO seja algo dispensável, o ambiente de trabalho hoje mostra um cenário diferente. Cada organização, especialmente de médio e grande porte, deveria ter alguém nessa função, para acompanhar os níveis de felicidade da empresa ajuda também a envolver melhor os colaboradores e a retê-los.
As tarefas realizadas são:
– Medir o nível de satisfação dos colaboradores por meio de dados obtidos através de pesquisas realizadas, para garantir que todos se sintam valorizados;
– Engajar a liderança, para que a equipe fique motivada;
– Apoiar o crescimento;
– Elaborar ações coletivas que gerem trabalhos em equipe;
– Compartilhar a cultura da empresa;
– Criar um ambiente de trabalho positivo.
Além do papel do Diretor da Felicidade, a empresa também deve entender o grande nível de responsabilidade que tem para garantir os princípios básicos para seus colaboradores e contribuir com as ações geradas pelo departamento. Pois, cada vez mais, os profissionais buscam qualidade de vida e por trabalhar com propósitos. Além de reconhecimento financeiro, os colaboradores querem se sentir valorizados e saber que seu trabalho faz a diferença na sociedade e não apenas nos cofres da empresa (PONTOTEL 2021). Ademais, muitas vezes o trabalho dessa área também envolve outros aspectos na organização, pois ter colaboradores motivados depende de outros fatores, como por exemplo: boa condição de trabalho, boa remuneração, garantia de crescimento e outros.
E quais são os benefícios para a organização?
De acordo com pesquisas realizadas em campo, pela empresa Sharecare, especializada em gestão de saúde e bem-estar, notou-se importantíssimos dados obtidos.
As pessoas felizes são:
– 31% mais produtivos;
– 65% menos chances de envolverem em acidentes no trabalho;
– 41% menos absenteísmo não programado;
– 37% maior a porcentagem de vendas realizadas;
– 81% menos intenção de buscar outro emprego.
Além disso, um funcionário feliz chegará ao trabalho no horário devido porque respeita sua pontualidade e realizará todas as tarefas diárias porque gosta de fazê-lo. Ele irá trabalhar por prazer, não apenas por necessidade ou compulsão (MENVIE 2022). Contribuindo assim, positivamente na relação entre os funcionários, no fortalecimento da cultura empresarial e impulsionando a organização como um todo. Assim como, ajudando a favorecer na diminuição de casos de transtornos mentais, causados por problemas em ambientes de trabalho.
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